terça-feira, 26 de outubro de 2010

disse que me disse: INHOTIM


Finalmente resolvi falar um pouco sobre a minha experiência lá no Inhotim, que por sinal excedeu minhas expectativas. Fomos fazer a visita em um domingo ensolarado e pudemos visitar várias obras interessantes, apesar de que eu não consegui ver as exposições que mais queria, como as cosmococas...
Introduzindo o espaço: Inhotim caracteriza-se por oferecer um grande conjunto de obras de arte, expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes, situadas em um Jardim Botânico O paisagismo teve a influência inicial de Roberto Burle Marx (1909-1994) e em toda a área são encontradas espécies vegetais raras, dispostas de forma estética, em terreno que conta com cinco lagos e reserva de mata preservada. O acervo artístico abriga mais de 500 obras de artistas de renome nacional e internacional, como Adriana Varejão, Helio Oiticica, Cildo Meireles, Chris Burden, Matthew Barney, Doug Aitken, Janet Cardiff, entre outros.

 Minha primeira impressão foi bastante positiva, a paisagem era linda e exuberante. Dá uma sensação de se sentir muito pequeno diante da natureza, mas, ao mesmo tempo, a de um espaço milimetricamente pensado pelo homem, de certa forma positivista. A cada caminho percorrido aparecia uma obra nova, imersa nas árvores, na vegetação. Entrei com intenção não de compreender as obras, mas de sentí-las, por se tratar de Arte Contemporânea. Muitas me fizeram refletir sobre a situação atual da nossa sociedade, tão baseada pelo consumo e caracterizada pela mecanização, como por exemplo a Máquina do Mundo de Laura Vinci uma arte bem simples, mas objetiva.
As obras que mais chamaram atenção foram as de Cildo Meireles. Artista que brinca com as formas de se perceber os espaços, também se utilizando de materiais simples e do cotidiano, ele propõe um novo olhar sobre o mundo. Sua obra se relaciona com o neoconcretismo brasileiro, (que eu já tratei aqui no blog pela obra de Lygia Clark) cheia de impactos sensoriais e psicológicos. Outras que me chamaram atenção foram as que pendiam para esse lado sensorial também, tais como a True Rouge, Promenade, Forty Part Motet;


Esperava mais interação do público com as obras, a maioria das galerias não se podia tocar, pisar ou tirar fotos. Achava que o fato de ser um parque essa interação poderia ser mais explorada. Talvez dessa forma até as sensações que as obras possam possibilitar se tornem mais limitadas. Assim, ele acaba tendo um aspecto de museu mesmo. O preço também não é muito acessível, é preciso programar um gasto pro fim de semana!

patinhoss =D

eu no fusquinha colorido!


fonte: http://www.inhotim.org.br

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